Intolerância à lactose x alergia à proteína do leite

Devido as suas inúmeras qualidades nutricionais e seu sabor leve e adocicado, o leite continua sendo um alimento muito consumido e querido pelos brasileiros.

Seu consumo está associado a um risco reduzido de desenvolvimento de doenças crônicas, incluindo hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2 e osteoporose. No entanto, algumas pessoas podem desenvolver intolerâncias alimentares.

Mas, você sabe qual a diferença entre a intolerância à lactose e a alergia à proteína do leite?

Intolerância à Lactose x alergia à proteína do leite

Muitas pessoas se confundem entre a intolerância à lactose e a alergia à proteína do leite – embora semelhantes, os termos descrevem problemas muito diferentes.

A lactose é o principal açúcar encontrado no leite e em seus derivados. Esse açúcar é responsável pelo gosto levemente adocicado que sentimos ao tomar um iogurte ou ao comer uma fatia de queijo no café da manhã. A lactose é um hidrato de carbono, mais especificamente, um dissacarídeo composto por dois monossacarídeos: a glicose e a galactose.

Para digerir a lactose, o corpo produz uma enzima chamada lactase. A intolerância à lactose é causada quando o organismo não produz lactase em quantidade suficiente para digerir toda a lactose consumida.

Já a alergia à proteína do leite é uma reação alérgica causada pela proteína do leite. Pessoas com esta alergia alimentar experimentam sintomas muito desagradáveis quando seu sistema imune reage as proteínas do leite como se elas fossem um invasor perigoso. Essa reação pode até mesmo desencadear um choque anafilático – uma resposta alérgica grave, que pode até mesmo levar o paciente a morte.

Sintomas e causas

A intolerância à lactose pode ter origem genética ou se manifestar quando o intestino delgado sofre algum dano devido a uma infecção viral ou bacteriana. A intolerância à lactose é uma enfermidade comum, e ocorre mais frequentemente em determinados grupos populacionais: cerca de 70% dos adultos afro-americanos desenvolvem intolerância à lactose, mas os sintomas também estão presentes entre a população asiática ou judaica.

A intolerância à lactose também aumenta com a idade e é muito comum entre a população idosa. Estima-se que 70% da população brasileira seja intolerante a lactose. Normalmente, os sintomas  podem surgir em cerca de 30 a 120 minutos após a ingestão de leite ou de algum de seus derivados e incluem:

  • Dores de estômago e distensão abdominal;
  • Gases e inchaço;
  • Náusea;
  • Irritação intestinal;
  • Diarreia.

Já a alergia ao leite é uma resposta incomum do sistema imunológico do corpo a proteína do leite e a seus derivados.

A proteína do leite de vaca é o alérgeno mais comum, mas o leite de ovelha, cabra e de búfala podem causar as mesmas reações. Embora a alergia ao leite surja mais, frequentemente, entre em lactentes e crianças pequenas, os sintomas podem surgir em qualquer fase da vida e podem incluir:

  • Dores abdominais;
  • Náusea;
  • Diarreia;
  • Erupção cutânea;
  • Inchaço nos lábios ou na região da garganta;
  • Dificuldade respiratória;
  • Anafilaxia.

Como diagnosticar a intolerância à lactose e a alergia à proteína do leite

É possível distinguir a intolerância a lactose da alergia à proteína do leite pelos sintomas apresentados após a ingestão do leite e pelo histórico do paciente, mas, às vezes, o médico não consegue fazer o diagnóstico imediatamente. Alguns testes são capazes de auxiliar no diagnóstico. Dentre eles estão:

  • Teste do hidrogênio expirado: Quando a lactose não é digerida a respiração passa a apresentar muitos átomos de hidrogênio, o que permite diagnosticar a intolerância à lactose pelo o teor de hidrogênio presente na respiração depois da ingestão de leite.
  • Teste de acidez das fezes: Esse teste geralmente é feito em bebês e em crianças muito pequenas. A lactose não digerida torna as fezes muito ácida.
  • Teste de alergia alimentar: Quando o médico suspeitar que o paciente apresenta alergia à proteína do leite poderá realizar testes cutâneos ou solicitar um exame de sangue para confirmar o diagnóstico.

É possível consumir produtos lácteos quando se têm intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite?

Algumas pessoas com intolerância à lactose podem tolerar pequenas quantidades de produtos lácteos como queijos e iogurtes, que tendem a ter uma concentração menor de lactose que o leite. Já uma pessoa com alergia à proteína do leite não pode consumir nem mesmo uma quantidade mínima de leite.

Se uma dieta restritiva não for uma opção viável para você, é possível recorrer a um alimento funcional antes de consumir produtos lácteos. Produtos funcionais são indicados para quebrar a lactose do leite e seus derivados a fim de permitir a digestão do açúcar pelo organismo.

Se você apresenta algum dos sintomas relacionados a alergia à proteína do leite ou a intolerância à lactose procure um profissional da saúde para aconselhá-lo sobre a melhor forma de manter uma boa nutrição, o que é muito importante para uma saúde perfeita.

E você? Já sabe a diferença entre intolerância a lactose e alergia à proteína do leite? Fique por dentro das novidades! Continue acompanhando o nosso blog!

Referências:
https://corporativo.nestle.com.br/media/pressreleases/INTOLER%C3%82NCIA%C3%80LACTOSEXALERGIA%C3%80PROTE%C3%8DNADOLEITE
http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/blog/nutricao-pratica/post/entenda-melhor-intolerancia-lactose-e-alergia-proteina-do-leite.html
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/09/entenda-diferencas-entre-alergia-leite-e-intolerancia-lactose.html
www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16373956

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